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domingo, 30 de dezembro de 2012

Golpe de estádio - sinopse

    Muito se fala sobre a corrupção em Portugal mas poucos tiveram coragem de ir longe o que iremos fazer nas próximas publicações é expor um livro escrito pelo jornalista Marinho Neves que expõe o sistema e os seus protagonistas, um relato impressionante e que apesar de ser ficção corresponde à verdade.
Capa do livro Golpe de Estádio de Marinho Neves

Introdução:
     Muito se tem falado de corrupção no futebol português… Mas pouca coisa tem vindo a público, oficialmente. Simples má-língua contra jogadores, árbitros e dirigentes de clubes? De
modo nenhum. Alguma coisa há, de facto, de verdade, que importa denunciar, para que o futebol recupere a sua dignidade. O jornalista Marinho Neves tem investigado, com coragem, este problema tão explosivo e revela-nos aqui – sob forma romanceada – um vasto e sugestivo quadro dos modos e processos de tal corrupção em Portugal.
    É certo que, neste livro, tudo é ficção... mas, ao mesmo tempo, tudo é verdade. Esta obra não passa de um romance. Nenhuma das suas personagens tem existência real... mas cada
uma delas corresponde à verdade da corrupção que temos instalada entre nós. E foi em toda esta realidade que se inspirou o autor. Assim ficção e realidade misturam se perfeitamente neste romance que se transforma em denúncia. Corajosa denúncia de um jornalista da área desportiva - que, acima de tudo, ama a sua profissão, o desporto e a verdade. Marinho Neves nasceu no Porto. Filho de um ex-futebolista do Boavista, cedo despertou para o desporto, tendo praticado várias modalidades, mas não o futebol. Foi esta paixão pelo desporto que o levou, em 1977, a optar pelo jornalismo da área desportiva. Logo de início, no jornal portuense Norte Desportivo, apaixonou-se pelo jornalismo de investigação. Em 1981, ingressou na Gazeta dos Desportos. E, durante década e meia, foi assinando trabalhos de relevo na luta contra a fraude e corrupção no futebol, com destaque para a denúncia do processo de recolha de líquido orgânico para o controle antidoping, obrigando a que tal sistema fosse alterado. Mas foi na luta contra a corrupção na arbitragem que mais se destacou. Em 1992, publicou uma reportagem com o título "Corruptos e bem pagos", em que denunciava vários processos de corrupção na arbitragem e como funcionavam os seus mais diferentes agentes. Foi, por isso, alvo de diversas perseguições, tentativas de agressão e uma emboscada à porta de casa. Colaborou com a SIC em trabalhos de reportagem, tendo também participado em debates, neste canal de televisão, sobre corrupção, nomeadamente nos programas Donos da Bola e Máquina da Verdade

O polvo do futebol português

   Quando a Polícia Judiciária começou a investigar a rede de corruptos e corrompidos envolvidos no mundo da arbitragem portuguesa a rede era já um polvo. Do artesanato dos primeiros tempos, passara-se ao mais refinado profissionalismo. A empresa, altamente lucrativa, mas sem nome ou registo comercial, movimentava, por semana, milhares de contos. Isentos de tributação, o que ainda dava mais gozo... Reinaldo Teles era o operacional. O Patrão
era, obviamente, Pinto da Costa. E Luis César nunca se importava de sujar as mãos e de dar a cara. Não era necessário mais ninguém nas operações especiais. Era tudo muito claro: metade da aposta para eles, outra metade para os árbitros. Os "patos" estavam sempre dispostos a entrar com muita massa, principalmente na recta final do campeonato. Quando as provas principais se iniciavam, o estado-aior decidia logo quem subia e quem descia, na certeza de que era nos escalões mais baixos que mais alto se ganhava. Eis um bom exemplo do sucesso desta empresa sem nome: um clube da I Divisão investiu, no final do campeonato, 50 mil contos para evitar a descida. O dinheiro foi entregue a Luis César. Mas o clube desceu, pois por vezes a bola teimava em ser redonda. Ou, se calhar, foi o Luis César que se esqueceu dos pagamentos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Laranja mecânica

Holanda-1974

Esquema tático
Quando os treinadores das seleções que participavam no Mundial de 1974 enviavam os seus olheiros para os treinos da Holanda, diziam que estes eram incapazes de elaborar um relatório. As anotações incluíam flechas contínuas, desmarcações entre vários jogadores e um esquema ilegível de passes e jogadas de transição. Teriam os olheiros ficado loucos? Não. Simplesmente encontravam-se perante uma revolução futebolística, a que foi introduzida pelo técnico Rinus Michels sob a denominação de "Futebol Total". A ocupação de espaços, a rotação de jogadores no campo e troca constante de posições entre as linhas que praticavam os holandeses tornavam impercetíveis as notas técnicas "É a desorganização organizada", chegou a publicar um jornalista brasileiro que ficou surpreendido com aquele "caos" tático de movimentos ilógicos e vocação ofensiva.
A revolução que Michels introduziu no panorama internacional acabou por maravilhar o mundo inteiro. Passado o Mundial da Alemanha, os treinadores de toda a Europa queriam saber mais sobre aqueles conceitos futebolísticos, e pouco a pouco foram introduzindo-os nas suas respetivas equipas: os ensaios para tirar o fora-de-jogo de maneira coletiva, a versatilidade dos médio, as deslocações para uma das alas dos avançados de forma a abrirem espaços, as diagonais dos extremos ... O jogo ofensivo moderno deve muito àquele "Futebol Total" holandês.
Veja com os seus próprios olhos este esquema que mudou a ideia de ataque para sempre

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A maldição de Bela Guttman

Equipa campeã europeia em 1961
Bela Guttman
 Decorria o ano de 1962 quando uma catástrofe caiu sobre o Benfica. Acabava de se sagrar campeão da Europa pelo segundo ano consecutivo, graças à qualidade de Eusébio e à sabedoria do seu treinador, Bela Guttman, que pouco depois foi despedido por desavenças com a direção. Partiu a dizer que o Benfica nunca mais ganharia um título europeu. A frase tornou-se num epitáfio, já que o Benfica perdeu as 6 finais europeias que disputaram entretanto. É a maldição que ainda pesa sobre este histórico clube.


Curiosidades de Bela Guttman
  • Para além do Benfica também foi treinador do Futebol Clube do Porto
  • Usava a tática 4-2-4 (também usada na seleção Hungara)
  • Pediu um aumento de salário após se tornar campeão europeu pela segunda vez consecutiva mas a direção assim não entendeu e este demitiu-se
  • Foi quem descobriu Eusébio seguindo o conselho de um amigo com quem tinha trabalhado no São Paulo
 Finais perdidas
  1. AC Milan 2-1 Benfica (Taça dos Campeões Europeus, 1963)
  2. Inter de Milão 1-0 Benfica (Taça dos Campeões Europeus, 1965)
  3. Manchester United 4-1 Benfica (Taça dos Campeões Europeus, 1968)
  4. Anderlecht - Benfica (1-0 e 0-0) (Taça da Uefa, 1983)
  5. PSV 0-0 Benfica (6-5 em grandes penalidades) (Taça dos Campeões Europeus, 1988)
  6. AC Milan 1-0 Benfica (Taça dos Campeões Europeus, 1990)
Mística do Benfica segundo Bella Guttman
" Chove? Faz Frio? Faz Calor? Que Importa, nem que o jogo seja no fim do mundo, entre as neves das serras ou no meio das chamas do inferno...
Por terra... Por mar... Ou pelo ar, eles ai vão OS ADEPTOS DO BENFICA atrás da equipa... Grande... Imcomparável... Extraordinária... MASSA ASSOCIATIVA!
É esta a mistica do BENFICA!"

domingo, 9 de dezembro de 2012

Primeiro jogo de futebol em Portugal


Ilustração do futebol no século XIX
Placa em Camacha
O futebol apareceu em território luso no final do século XIX numa altura de profunda transformação das conceções desportivas, sendo que o local onde se realizou o primeiro jogo ainda suscita algumas dúvidas.
O ano de 1988 é considerado por muitos como sendo o ano em que acontece o primeiro jogo de futebol em território luso (em Cascais), foi o ano em que os irmãos Pinto Basto, que regressaram de Inglaterra onde estavam a estudar, trouxeram uma bola de football (futebol em português) sendo que o primeiro jogo foi entre estes irmãos e uns amigos.
 Em Janeiro de 1889 realizou-se o primeiro jogo "oficial" (primeira prova documental existente todas as datas anteriores surgem por testemunhos) sendo que foi no Campo Pequeno e foi entre uma equipa portuguesa, liderada pelos irmãos Pinto Basto, e uma equipa inglesa, jogo esse que a equipa portuguesa ganhou por uma bola a zero.
Sabe-se porém que em 1875 um residente de Camacha (Madeira) de seu nome Harry Clinton realizou alguns jogos de football (existe uma placa no local do jogo).
Portanto e perante provas parece-nos que a data mais consensual de considerar a primeira data do futebol em Portugal 1875 e o primeiro lugar Camacha na Madeira.